CHAMANDO O INTENTO
02/10/2012
HERMANO
Ontem mesmo do jeito que estava
não consegui parar, peguei uma folha de papel que havia anotado: ele me falou
que despertar o intento era um dos cernes abstratos.
Com aquele ato ritual único na vida de um guerreiro, eu havia aberto uma
porta, eu poderia agora realmente chamar o intento,intuindo, chamando seu nome,
ou fazendo qualquer ato tresloucado de abandono ou humor ou simplesmente
girando o olho esquerdo, isso ele tinha dito.
Eu sabia que tinha algo no poder do silencio, pois tinha um capitulo
limpando o elo com o espírito e falava muito sobre a espreita, como ele já
havia so que não tinha nenhum passo de poder para tal, continuei com um intento
inflexível e consegui isto:
O
poder do silencio
Pagina 274
Acordando,
despertando o espírito.
Primeiro o nagual Elias explicou
a dom Juan que o som e o significado das palavras eram de suma importância para
os espreitadores. As palavras eram usadas por eles como chaves para abrir tudo
que estivesse fechado. Os espreitadores, portanto, tinham de afirmar seu objetivo
antes de tentar alcançar. Mas não podiam revelar seu alvo verdadeiro no inicio,
de modo que deviam verbalizar as palavras com cuidado para esconder a intenção
principal. O nagual Elias chamou este ato de acordar o intento. Explicou a dom
Juan que o nagual Julian sabia que não havia como definir o espírito. O que
realmente tentava fazer era, naturalmente, colocar dom Juan na posição do
conhecimento silencioso.
Pagina
247,
Salientou
Para dom Juan que tudo o que o
nagual Julian fizera naquele dia junto ao rio foi um espetáculo, não para
audiência humana, mas para o espirirto, a força que o estava observando. Ele se
exibiu e brincou com o abandono e entretendo a todos, especialmente o poder ao
qual estava se dirigindo.
Dom
Juan disse que o nagual Elias assegurara-lhe que o espírito apenas ouvia quando
o discurso era feito através de gestos, que não significam sinais ou movimentos
corporais, mas atos de abandono verdadeiro, atos de liberdade, de humor. Como
um gesto para o espírito, os feiticeiros trazem o melhor de si e em silencio
oferecem-no ao abstrato.
A
roda do tempo
Os xamãs
videntes dos tempos antigos, através de seu ver, notaram logo que qualquer comportamento
incomum produzia um tremor no ponto de aglutinação. Em seguida, descobriram que
se o comportamento incomum é praticado de maneira sistemática e dirigido com
sabedoria, ele finalmente força o ponto de aglutinação a se mover.
E olha o que
eu descobri quase no finalzinho do poder do silencio pag 300 poder do silencio
Don Juan perguntou a Túliuno como havia
chamado o intento. Túliuno explicou que os espreitadores chamavam o intento em
voz alta. Em geral o intento era chamado no interior de um pequeno aposento
escuro e isolado. Uma vela era colocada sobre uma mesa negra com uma chama a
centímetros diante dos olhos; então a palavra intento era vocalizada
lentamente, enunciada clara e deliberadamente tantas vezes o individuo sentisse
que fossem necessárias. O timbre da voz subia ou caía sem qualquer pensamento.
Tuliuno
salientou que a parte indispensável do ato de chamar o intento era uma total
concentração no que era intentado. Em seu caso, a concentração fora na
homogeneidade e aparência de Túlio.
Perguntei a
Don Juan o que ele pensava de seu modo de chamar o intento. Ele explicou que
seu benfeitor, como o nagual Elias, era bem mais dado a rituais que ele
próprio,portanto, preferiam a parafernália tal como velas, aposentos escuros e
mesas negras.Casualmente comentei que eu próprio era terrivelmente atraído.
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